Alisson conta como é trabalhar com Ancelotti: 'Impressiona a todos'

O goleiro Alisson está impressionado com a simplicidade do técnico Carlo Ancelotti.
O que aconteceu
Alisson diz que o jeito tranquilo de Ancelotti chama a atenção. Ele é um dos maiores treinadores da história do futebol, mas é simples no trato.
A chegada de Ancelotti impressionou até os companheiros de Alisson no Liverpool. Isso foi assunto na Inglaterra.
O goleiro titular da seleção ite que a simples presença do italiano já muda muita coisa. A comissão técnica como um todo também foi elogiada.
Ainda não ou pelo trote, mas vai ar. Todo mundo a por isso. É regra. Tem sido muito bom, é um privilégio trabalhar com um treinador como o Ancelotti. Antes de trabalhar aqui só ouvi coisas boas de outros jogadores, principalmente dos brasileiros. É algo que impressiona a todos. Ter se tornado treinador da seleção. No meu clube ficaram impressionados com isso. Gera expectativa em todos, tem sido muito bom Alisson, em entrevista coletiva
Me chama a atenção a simplicidade dele. No modo de falar. No dia a dia, nos momentos mais intencionais de jogo. Preparação, treinamentos. Tranquilidade e simplicidade para expressar as ideias, muito claro sobre o tipo de time que quer. Isso facilita a compreensão. Quero falar também que se fala muito do nome dele, mas o estafe é muito bom. Aplica o trabalho com muita energia, intensidade, os treinamentos com objetivos claros. Isso também faz um treinador vencedor. Treinador vence com um grande estafe
Veja a entrevista coletiva de Alisson na íntegra
Melhora na defesa
"O mister trouxe organização defensiva muito boa para esse jogo especificamente. Contra um Equador muito físico, rápido, de bola longa. Demandaria igualar nesses duelos de ser firme, jogar forte. Trouxemos foco em sistema defensivo sólido. É uma base para toda boa equipe. Ser sólido defensivamente. Os jogadores que ele escolheu desempenharam muito bem esse papel. Todos. Mas sempre tem ênfase na última linha de quatro, na sustentação muito boa do Casemiro. Gerson e Bruno, os atacantes marcando muito, se dedicando. Foi muito necessário nesse jogo e que possamos manter essa base para o decorrer dos jogos".
Importância do torcedor paulista
"Não só o paulista, mas o torcedor tem papel fundamental. O futebol não se faz sozinho. Gosto de falar da experiência do covid. Evidenciamos muito que o futebol sem a torcida não é nada. Aqui dentro da seleção não é diferente. Contamos com a maioria dos paulistas, mas precisamos do apoio de todos para conquistar esse objetivo de classificar o quanto antes para a Copa. O objetivo é muito claro de vencer a próxima partida".
Alinhar expectativa
"Temos os pés no chão. Sabemos que o futebol é processo, não adianta querer atropelar, achar que todos os problemas serão resolvidos. O Ancelotti traz muito para a gente, tem muita contribuição. Se nota apenas pela presença dele. Vocês vivenciam isso quando ele chega para a entrevista. Tem muita história no futebol e carrega para onde quer que ele vá. Aqui não é diferente. A expectativa é muito mais do torcedor, que é natural, se vê potencial, todos nos clubes desempenham papel fantástico, vencendo títulos, e o torcedor espera que isso ocorra aqui. É a nossa expectativa também, mas sabemos da dificuldade. Não conseguimos fazer isso ainda. Esperamos que o Ancelotti possa nos trazer muito, trazer tranquilidade para trabalharmos. Tudo aquilo que pedimos para a última partida. Uma grande atitude, um grande comprometimento um com os outros. Já fizemos na primeira partida. Temos que melhorar técnica e taticamente no decorrer do tempo".
Jogo com os pés - mais de 100 convocações
"Os números são coisas que acho que nos ajudam a trazer respaldo. Fico feliz por essa marca. Me colocam perto de grandes nomes. O Ancelotti gosta do time sair de trás, desde o goleiro. O time tem qualidade para isso. Nós goleiros, não só eu, temos essa qualidade. Ele não vai querer que joguemos de trás a todo custo. Dá confiança para eu sair jogando, mas se a leitura for chutar bola longa, tirar time de trás, vamos trabalhar pela primeira e segunda bola com essa liberdade. É o que a maioria dos treinadores faz, estou acostumado no meu clube. Não é uma regra, mas se der para sair jogando é melhor pela característica da nossa equipe".
Ser campeão pelo Liverpool
"Foi uma grande emoção. O futebol, para o goleiro, demanda equilíbrio de sentimentos. O jogo em si não é momento de extravasar, mas de controlar, ter foco. Trabalho ali e me sinto bem, mas ali cabia extravasar. Foi difícil ganhar, troca de treinador, com desafios individuais. Tive lesão importante. Vencer esses obstáculos significa muito. A estrada é sempre muito difícil, não são muitos momentos para erguer o troféu e tem que aproveitar também".
Projeto de carreira
"Nunca consegui planejar muito a longo prazo. Tenho um ano de contrato faltando. E mais um ano de opção do clube, que devem exercer. Penso no que tenho agora em mãos. Fazer o trabalho bem feito. Momento decisivo na minha carreira, se aproxima uma Copa do Mundo. A Copa começa antes. Tenho grandes objetivos no Liverpool, converso com quem voltou ao Brasil. Alguns tiveram experiências positivas, outros não. Tenho vontade de retornar ao futebol brasileiro, possivelmente para o Inter, mas não faço ideia de quando. E quero voltar em alto nível. Tenho isso de planejamento, se é que isso é planejamento".
Desfrutar o Ancelotti - preleção - trote
"Ainda não ou pelo trote, mas vai ar. Todo mundo a por isso. É regra. Tem sido muito bom, é um privilégio trabalhar com um treinador como o Ancelotti. Antes de trabalhar aqui só ouvi coisas boas de outros jogadores, principalmente dos brasileiros. É algo que impressiona a todos. Ter se tornado treinador da seleção. No meu clube ficaram impressionados com isso. Gera expectativa em todos, tem sido muito bom. Me chama a atenção a simplicidade dele. No modo de falar. No dia a dia, nos momentos mais intencionais de jogo. Preparação, treinamentos. Tranquilidade e simplicidade para expressar as ideias, muito claro sobre o tipo de time que quer. Isso facilita a compreensão. Quero falar também que se fala muito do nome dele, mas o estafe é muito bom. Aplica o trabalho com muita energia, intensidade, os treinamentos com objetivos claros. Isso também faz um treinador vencedor. Treinador vence com um grande estafe".
Mais vagas para a Copa
"Nada deve ser deixado de lado no sentido de que não devemos supervalorizar isso, os números. Se formos falar de números, só a Argentina tem números muito melhores. Isso demonstra que outras seleções melhoraram. Nosso futebol não está no nível esperado. Acredito que, por ser um novo ciclo, temos que deixar algumas coisas para trás. Sempre aprendendo com o ado, principalmente com as derrotas. Se começar a ganhar, ter pé no chão, não deixar a empolgação tomar conta. Avaliar a performance como é a realidade, baseado no que o treinador quer, no que esperamos, no que o torcedor espera".
Classificar para zerar e trabalhar com mais leveza para a Copa
"Depende da maneira como se classifica. O principal de tudo, o ideal, é conquistar a classificação com méritos, jogando bem. É o que mais traria tranquilidade para o ambiente interno e também para quem cobra: vocês e o torcedor. É uma combinação de fatores. Falar de tranquilidade não é relaxar. Temos muito trabalho, um grande adversário, que evoluiu muito no último ano. Ganha jogos de seleções importantes. Venceu o último jogo e nos deu muito trabalho inclusive no jogo que perdemos fora de casa. Vai ser muito difícil. Existe o cenário ideal e a realidade. O primeiro objetivo é classificar, mas também importa o como. Jogar bem. Não significa dar show, mas ter jogo objetivo, com desempenho ao máximo na tática, técnica e fisicamente também. É isso que vai nos dar tranquilidade para o futuro".
Como é o grupo?
"Não sei se tem muitas palavras para descrever esse grupo. Tem muita variedade de cabeça, mentalidade. Truco, video game, outro não joga nada, um lê e o outro não lê nada. Acho que a maioria não lê nada [risos]. Nisso temos que melhorar. É um grupo que se relaciona muito bem com as diferenças. Os mais jovens respeitam os experientes e vice-versa. As brincadeiras tornam ambiente bom, mas sempre com respeito, entendendo que estamos aqui por algo muito maior que todos nós. Representar a camisa e colocar uma estrela nova acima. Isso também nos une. Não só o truco, os mais experientes, o que nos une é o objetivo de fazer a seleção vencedora novamente. Temos um ambiente muito saudável, muito bom. Todos se dedicam, vocês olham parte dos treinos. Nos distraímos quando possível pois ficamos muito tempo juntos. Mas 80% trabalhamos, aqui, recuperando, analisando. É muito foco no trabalho e na união. No propósito de fazer a seleção vencedora".