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Israel mata líder aliado ao Hamas; ataque teria atingido prédio residencial

Palestino observa escombros de prédio atingido por bombardeio aéreo israelense em 7 de junho, na cidade de Gaza - Rizek Abdeljawad/Xinhua
Palestino observa escombros de prédio atingido por bombardeio aéreo israelense em 7 de junho, na cidade de Gaza Imagem: Rizek Abdeljawad/Xinhua
do UOL

Do UOL, São Paulo*

08/06/2025 14h17

Israel divulgou que matou o líder de um grupo armado que teria participado dos ataques do Hamas em 7 de outubro de 2023. Já segundo a Defesa Civil palestina, Israel teria bombardeado um prédio residencial em Gaza, matando ao menos 16 moradores, incluindo mulheres e crianças.

O que aconteceu

As Forças de Defesa de Israel divulgaram ter "eliminado" Asaad Abu Sharia, apontado como líder do grupo armado palestino Brigadas Mujahideen, aliado do Hamas. Pela rede social X, o órgão classificou Sharia como um dos líderes responsáveis pelos ataques conduzidos pelo Hamas em 7 de outubro de 2023, bem como pela morte de reféns mantidos em cativeiro pelo grupo palestino.

Já a Defesa Civil palestina informou que o ataque de Israel foi direcionado a um prédio residencial na cidade de Gaza: "foi um massacre completo em um prédio cheio de civis". A declaração foi dada à emissora Al Jazeera pelo porta-voz do órgão, Mahmoud Basel.

Um morador disse que o prédio pertencia à família Abu Sharia. A fala também foi feita à Al Jazeera. Outro morador que sobreviveu às explosões afirmou: "Acordamos com os ataques, a destruição, os gritos, as pedras nos atingindo".

Além dos 16 mortos, outras cerca de 80 pessoas estariam presas sob os escombros do prédio, de acordo com a Defesa Civil palestina. Segundo o porta-voz Mahmoud Basel, o bombardeio israelense contra o residencial ocorreu sem qualquer aviso prévi.

Hamas confirmou a morte de Asaad Abu Sharia. Ainda de acordo com o Al Jazeera, o grupo palestino divulgou um comunicado pelo Telegram em que confirma que o líder da Brigadas Mujahideen e seu irmão, Ahmed Abu Sharia, foram mortos no ataque israelense, que classificou como "parte de uma série de massacres brutais contra civis".

No último dia, ataques aéreos de Israel na Faixa de Gaza mataram ao menos 55 pessoas, informaram autoridades palestinas. Entre os casos, ainda conforme o Al Jazeera, estão oito palestinos que foram mortos enquanto aguardavam pela distribuição de mantimentos em um local istrado pela GHF (Fundação Humanitária de Gaza), apoiada por Israel e pelos EUA, em Rafah, no sul de Gaza.

A distribuição de assistência aos civis palestinos foi interrompida ontem. A GHF culpou "as ameaças do Hamas" na região, o que o grupo islâmico negou, conforme apurado pela Agência Brasil.

Ataques para "eliminar" supostos envolvidos com Hamas seguirão, divulgou órgão israelense. "As Forças de Defesa de Israel e a Agência de Segurança de Israel (ISA) continuarão a operar para localizar e eliminar todos os terroristas que participaram do massacre em 7 de outubro e com envolvimento na captura de reféns israelenses em Gaza", divulgaram pelo X as Forças de Defesa de Israel, que não se pronunciaram sobre as denúncias mais recentes das mortes de civis em Gaza.

*Com Al Jazeera e Agência Brasil

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