Wall Street fecha no azul à espera de dados sobre inflação nos EUA
A Bolsa de Nova York fechou em alta nesta terça-feira (10), às vésperas da publicação do índice de inflação que pode oferecer uma ideia das consequências econômicas das tarifas, enquanto as negociações comerciais entre os Estados Unidos e a China seguem em andamento.
O índice industrial Dow Jones subiu 0,25%, o tecnológico Nasdaq ganhou 0,63% e o amplo S&P 500 avançou 0,55%.
"Foi uma sessão muito tranquila e acredito que, em parte, isso se deve ao fato de não termos tido dados importantes hoje", disse à AFP Christopher Low, da FHN Financial.
Os investidores acompanharam de perto as negociações entre Washington e Pequim no contexto de um novo ciclo de conversas iniciado na segunda-feira para consolidar a trégua comercial alcançada há um mês na Suíça.
O mercado também foi impulsionado pelo anúncio da Casa Branca sobre a revogação de uma "medida destinada a limitar a poluição das usinas de energia", o que representa uma mudança "importante" e "positiva" para a economia americana, segundo Low.
A razão: os Estados Unidos enfrentam "um desafio em matéria de produção de energia que só se agravará à medida que a inteligência artificial (IA) se desenvolver, já que é uma grande consumidora de energia", destacou o analista.
O setor de produtores de eletricidade fechou globalmente em alta nesta terça-feira, com empresas como PG&E (+1,44%), Xcel Energy (+0,85%) e Consolidated Edison (+1,28%).
Quanto aos indicadores, a inflação de maio (índice I) será publicada na quarta-feira, o índice de preços ao produtor (PPI), na quinta, e uma primeira estimativa da confiança dos consumidores, na sexta.
"Os relatórios de inflação sempre são um pouco mais significativos quando são publicados pouco antes de uma reunião do Federal Reserve (Fed)", o banco central americano, como a que começará na terça-feira, advertiu Low, especialmente porque desta vez o Fed "atualizará suas previsões" econômicas para os próximos meses.
Entre os valores, o gigante americano da informática IBM ganhou um pouco de impulso (+1,53%, para 276,24 dólares) após a apresentação de avanços técnicos que podem permitir o desenvolvimento, até 2029, do primeiro computador quântico comercial.
O McDonald's voltou a recuar pela sétima vez consecutiva (-1,43%, para 300,43 dólares) depois que analistas da Redburn Atlantic revisaram para baixo sua recomendação, preocupados com a evolução dos hábitos de consumo devido aos medicamentos para emagrecimento e à inflação.
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